quarta-feira, 14 de abril de 2010

Carta a Senadora Marina Silva

Sra. Senadora sou militante pró LGBT da cidade de Duque de Caxias e sou filiada ao PV. Atualmente sou presidente do Grupo Pluralidade e Diversidade Duque de Caxias e coordeno a segunda maior Parada do Orgulho LGBT do Estado do Rio de Janeiro neste município que ano passado levou mais de 300 mil as ruas da minha cidade.
Muitos como a Senhora fazem discursos de uma pretensa tolerância e neutralidade.
Em 2009 a Parada de minha cidade foi proibida ditatorialmente pelo prefeito (José Camilo Zito-psdb) que aqui no Rio é base de sustentação de seu candidato ao Governo Estadual. Estava muito pretensa a sair do partido e depois de ter conhecimento do episódio envolvendo o companheiro Sander e a sua vaga, equivocada, omissa e insensível nota e porque não tolerante com os homofóbicos já que a senhora afirma apoiar este movimento e qualquer outro que tenha representação social a pretexto destes sequer estarem ancorados numa perspectiva de direitos humanos, pois quando diz que "apóia qualquer um que esteja organizado" significa então que se os assassinos de homossexuais criarem uma associação a senhora dará guarita a esse tipo.
Depois dessa "o que me resta é procurar algum lugar legal pra ficar" como poetizou o cantor assumidamente gay Renato Russo. E tenho certeza a partir de hoje que esse lugar não é o PV onde a senhora está e tantos outros deputados e políticos Brasil afora que fazem parte desta legenda e fingem defender os direitos humanos.
Aqui no Rio até o Gabeira no afã de ter poder vem se esquivando de compromissos que pareciam históricos com a comunidade LGBT e que agora a máscara caiu.
Outra coisa que me faz questionar o papel do Partido Verde cumpre hoje no Brasil. Longe de atuar na perspectiva do desenvolvimento sustentável é apenas uma legenda para acolher os oportunistas/jardineiros de plantão.

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